Pórtico de Filipo

Pórtico de Filipo
Pórtico de Filipo
Tipo Pórtico
Construção 34 ou 33 a.C.
Promotor / construtor Lúcio Márcio Filipo (pai) ou
Lúcio Márcio Filipo (filho)
Geografia
País Itália
Cidade Roma
Localização Região VII - Circo Flamínio
Coordenadas

Coordenadas: 41° 53' 36" N 12° 28' 41" E

41° 53' 36" N 12° 28' 41" E
Pórtico de Filipo está localizado em: Roma
Pórtico de Filipo
Pórtico de Filipo

O Pórtico de Filipo (em latim: Porticus Philippi) foi um quadripórtico da Roma Antiga localizado no Campo de Marte, em Roma. Estava a nordeste do Circo Flamínio, entre o Pórtico de Otávia e o Rio Petrônia, e cercou o Templo de Hércules e as Musas.[1][2] Foi construído, segundo Ovídio e Suetônio,[3][4] por Lúcio Márcio Filipo, o meio-irmão do imperador Augusto (r. 27 a.C.–14 d.C.), após seu triunfo em 34 ou 33 a.C. na Hispânia como governador;[2] para Samuel Ball Platner, contudo, com base em Marcial,[5] o construtor teria sido o pai deste, também chamado Lúcio Márcio Filipo.[6]

Segundo Plínio, o Velho, pórtico abrigava pinturas famosas.[6] Ele aparece nos Catálogos Regionais e no Plano de Mármore. Sua fachada sul era uma continuação direta do muro sul do Pórtico de Otávia. O perímetro externo do Pórtico de Filipo é representado com duas fileiras de pontos, variadamente interpretados: para Ferdinando Castagnoli somente uma das fileiras seria de colunas, enquanto a segunda de árvores; para Lawrence Richardson Jr., contudo, é indicativo de que o pórtico possuía duas colunatas. Fragmentos dos muros de tufo capelácio do pórtico foram identificados no século XX e estudos topográficos indicam que estaria ca. 3 metros mais alto do que a área circundante, provavelmente para evitar danos causados por inundações.[2]

Aparentemente foi totalmente circundado pela colunata e careceu duma entrada monumental. Seu interior possuía um pódio com 12 nichos, provavelmente para fixação dos fastos, e estava virado para sul. Havia uma êxedra sobre sua face norte, que provavelmente serviu como auditório onde o Colégio dos Poetas (em latim: Collegium Poetarum) se reuniu. Instalações públicas, provavelmente latrinas, pertencentes ao Teatro de Balbo podem ter sido colocadas ao norte do pórtico.[2] Segundo Ovídio havia algumas barbearias no local.[6]

Localização

Planimetria do Campo de Marte meridional
Teatro de
Marcelo
T. de
Diana
C
T. da
Piedade
T. de Jano
T. de Spes
Templo de
Belona
Templo
de Apolo
Sosiano
Templo de
Júpiter
Estator
Templo de
Juno
Regina
Portico
de
Filipo
Portico
de Otávio
Teatro
de Balbo
Cripta
de Balbo
Portico
de Minúcio
T. das
Ninfas
T. de
Ferônia
T. dos
Lares
Permarinos
Cúria de
Pompeu
Portico de
Pompeu
Teatro de
Pompeu
Templo da
Vênus 
Victrix
Templo de
Marte
Santuário
de Hércules
Grande Vigia
Templo de
Castor e Pólux
Ponte
Fabrício
Pórtico dos
Máximos
T. de
Netuno
T. da
Fortuna
Equestre
Anfiteatro de
Estacílio Tauro
(?)


Referências

  1. Plínio, o Velho século I, 35.66.
  2. a b c d «Porticus Phillippi» (em inglês). Consultado em 23 de julho de 2015  A referência emprega parâmetros obsoletos |língua3= (ajuda)
  3. Ovídio século I a.C., 6.801-2.
  4. Suetônio século I, 29.5.
  5. Marcial século I, V.49.11-12.
  6. a b c Platner 1929, p. 428.

Bibliografia

  • Marcial (século I). Epigramas. [S.l.: s.n.] 
  • Ovídio (século I a.C.). Fastos. [S.l.: s.n.] 
  • Platner, Samuel Ball (1929). A Topographical Dictionary of Ancient Rome. Londres: Oxford University Press 
  • Richardson, L. (1992). A New Topographical Dictionary of Ancient Rome. [S.l.]: JHU Press. ISBN 978-0-8018-4300-6