Micróglia

Micróglia

Micróglia,[1] microgliócitos ou células de Hortega[2] (latim: microglia) são as menores células da neuroglia, possuem corpo celular alongado com muitos prolongamentos curtos e extremamente ramificados. Fazem a vigilância ativa do parênquima cerebral e da espinal medula, constituindo as células imunes residentes do Sistema Nervoso Central. A sua origem ainda é controversa, embora haja maior concórdia numa linhagem hematopoiética. A micróglia tem função fagocitária. As micróglias são objetos de pesquisas sobre doenças neurodegenerativas como Alzheimer, Parkinson e a esclerose lateral amiotrófica (ELA).[3]

Função

Microglia são as células imunológicas do cérebro. Uma função principal da microglia é inspecionar o microambiente local e responder a lesões pela liberação de moléculas pró-inflamatórias e depuração fagocítica das células apoptóticas. Aquando de uma lesão ou infecção, a microglia migra e liberta uma gama de moléculas que, dependendo do estímulo inicial, podem ser tróficas ou citotóxicas.[4] Na presença de antigênios ou partículas estranhas, cuja presença consegue reconhecer devido à expressão de várias proteínas na sua membrana citoplasmática, procede à fagocitose dos mesmos. Posteriormente, a microglia apresenta essas proteínas a outras células de defesa.

Distúrbios neurológicos e psiquiátricos

A atividade microglial aberrante está associada a muitos distúrbios neurológicos e psiquiátricos, mas o conhecimento sobre os mecanismos patológicos é incompleto. Em um estudo, os cientistas descreveram uma linhagem de células cerebrais especializadas, chamada microglia da linhagem Hoxb8, em camundongos que têm a capacidade de suprimir sintomas obsessivos de compulsão e ansiedade.[4]

Referências

  1. «Micróglia». Infopédia. Consultado em 25 de julho de 2021 
  2. Pannese, Ennio (2015). Neurocytology: Fine Structure of Neurons, Nerve Processes, and Neuroglial Cells. [S.l.]: Springer. p. 225. ISBN 9783319068565 
  3. «Células de apoio do sistema nervoso ajudam a entender o Alzheimer» 
  4. a b «There is a link between unique brain cells and OCD and anxiety». Tech Explorist (em inglês). 26 de outubro de 2019. Consultado em 28 de outubro de 2019 
Controle de autoridade
  • Wd: Q1622829
  • BNCF: 46591
  • EBID: ID
  • JSTOR: microglia
Identificadores
  • FMA: 54539
  • MeSH: D017628
  • MeSH: A08.637.400
  • NCIt: C12616
  • UMLS: C0206116
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Histologia: Tecido nervoso
neurônios (substância cinzenta)
soma, axônio (axon hillock, axoplasma, axolema, Neurofilamento), dendrito (corpúsculo de Nissl, dendrito espinhal, dendrito apical, dendrito basal)
tipos (bipolar, pseudounipolar, multipolar, piramidal, célula de Purkinje, célula granular)
nervo aferente
GSA, GVA, SSA, SVA, fibras (Ia, Ib ou Golgi, II, III, IV)
nervo motor/neurônio motor
GSE, GVE, SVE, neurônio motor superior, neurônio motor inferior (alfa, beta e gama)
sinapses
neurópila, vesícula sináptica, junção neuromuscular, sinapse elétrica - Interneurônio (inibitório Ia, inibitório Ib, célula de Renshaw)
receptores sensoriais
células da glia
mielinação (substância branca)
célula de Schwann, oligodendrócito, nódulo de Ranvier, internode, incisura de Schmidt-Lantermann, neurolema
relacionados aos tecidos conjuntivos
epineuro, perineuro, endoneuro, fascículo nervoso, meninges
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