Liga Contra o Imperialismo

A Liga contra o Imperialismo e a Opressão Colonial (francês: Ligue contre l'impérialisme et l'oppression coloniale; alemão: Liga gegen Kolonialgreuel und Unterdrückung[1]) foi uma organização anti-imperialista transnacional no período entre guerras. Ela foi referenciada em muitos textos[2][3] como Liga Mundial Anti-Imperialista ou simplesmente e confusamente sob o nome impróprio de Liga Anti-Imperialista.

Foi estabelecida no Egmont Palace em Bruxelas, Bélgica, em 10 de fevereiro de 1927, na presença de 175 delegados de todo o mundo. Foi um evento significativo porque reuniu representantes e organizações do mundo comunista e organizações e ativistas anticoloniais do mundo colonizado. 107 de 175 delegados vieram de 37 países sob domínio colonial. O Congresso visava criar um "movimento antiimperialista de massas" em escala mundial e pode ser considerada uma organização de fachada do Comintern. Desde 1924, o Comintern defendia o apoio dos países coloniais e semicoloniais e tentava, com dificuldade, encontrar convergências com a esquerda da Internacional Trabalhista e Socialista e com os partidos nacionalistas anticoloniais burgueses do mundo colonizado. Outro estímulo para criar uma cooperação interpolítica foi o surto revolucionário na China desde 1923, no qual o Kuomintang nacionalista estava em uma Frente Unida com o Partido Comunista Chinês.[4]

Segundo o historiador indiano Vijay Prashad, a inclusão da palavra 'liga' no nome da organização foi um ataque direto à Liga das Nações, que perpetuou o colonialismo por meio do sistema de mandatos.[5]

Na Conferência de Bandung de 1955, Sukarno creditou a Liga como o início de um movimento mundial eventualmente bem-sucedido contra o colonialismo.[6]

Notas

  • Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «League against Imperialism».

Referências

  1. John D. Hargreaves, "The Comintern and Anti-Colonialism: New Research Opportunities", African Affairs, 92, 367 (1993): 255–61.
  2. Sandino, Augusto C. (14 de julho de 2014). Sandino: The Testimony of a Nicaraguan Patriot, 1921-1934. [S.l.]: Princeton University Press. ISBN 9781400861149 – via Google Books 
  3. Hen-Tov, Jacob (1974). Communism and Zionism in Palestine: The Comintern and the Political Unrest in the 1920s. [S.l.]: Transaction Publishers. 47 páginas. ISBN 9781412819978. Consultado em 3 de março de 2019 
  4. Fredrik Petersson, We are Neither Visionaries, nor Utopian Dreamers: Willi Münzenberg, the League against Imperialism and the Comintern, 1925-1933. PhD diss. Abo Akademi University Turku, 2013.
  5. Vijay Prashad, "The Darker Nations: A People's History of the Third World", page 21
  6. Hatherley, Owen (4 de fevereiro de 2021). «The Marxist Rupert Murdoch». Tribune (magazine). Consultado em 19 de fevereiro de 2021 
Controle de autoridade