Língua timbisha

Timbisha (Panamint)

Nümü nangkawih, Sosoni nangkawih

Falado(a) em: Estados Unidos
Região: Califórnia, Nevada
Total de falantes: 20 entre 100 nativos (2007)
Família: Uto-Asteca
 Númica
  Central
   Timbisha (Panamint)
Códigos de língua
ISO 639-1: --
ISO 639-2: ---
ISO 639-3: par

Timbisha (Tümpisa; ou Panamint ou Koso) é uma língua Ameríndia dos Estados Unidos falada pelo povo que habitou a região no entorno do Vale da Morte, Califórnia e sul do Owens Valley desde tempos pré-históricos. Ainda há uns poucos idosos que a falam tanto na Califórnia como em Nevada, mas não há ninguém que somente a fale. Os falantes usam regularmente a língua inglesa no seu dia-a-dia. Até a década final do século XX, eles chamavam a si próprios e à língua como "Shoshone". A tribo recebeu reconhecimento Federal como “Death Valley Timbisha Shoshone Band of California”. Essa é denominação anglicizada do nome do Vale da Morte, tümpisa (tɨmbiʃa), que significa "pintura de rocha" e se refere às ricas fontes de ocre vermelho no vale. Timbisha é também a língua dos grupos "Shoshone" da “Comunidade dos índios Paiute-Shoshone de Bishop Colony”, da “Big Pine Reservation Band of Owens Valley “, de Darwin (Califórnia), de Independence (Califórnia) e da “Comunidade dos índios Paiute-Shoshone da Reserva Lone Pine” na Califórnia e também de e também de Beatty (Nevada). Foi também a língua falada na antiga reserva indígena de “Indian Ranch” no vale Panamint.

Classificação

Timbisha é uma língua Númica Central dentre as Uto-Astecas. Se relaciona de perto com as língua Shoshoni e com a Comanche.

Geografia

As variante Timbisha eram antigamente faladas nas região entre Sierra Nevada, leste da Califórnia e a região ao leste do Vale da Morte, Nevada. Os principais vales onde ficavam as vilas desses falantes eram (do oeste para leste) Owens, Indian Wells, Saline, Panamint e o ‘da Morte’. Além disso havia vilarejos nas encostas ao sul dos montes Kawich em Nevada.

Dialetos

Cada um dos vales apresentava uma variante diferente do Timbisha com várias diferenças lexicais. Havia, porém, uma perda geral do som h à medida emque avança no território Timbisha, desaparecendo esse som já no vale Owens Valley. McLaughlin (1987) se baseou na variante mais oriental (Beatty, Nevada) e Dayley (1989a) se baseou na variante central do Vale da Morte.

Escrita

A ortografia Timbisha com o alfabeto latino se baseia em Dayley (1989a, 1989b); Ü tem o som ɨ e ng o som ŋ. Usam-se as vogais A, E/AI, i, O, U, Ü; as consoantes são H, K, Kw, M, N, Ng, Ngw, P, S, T, Ts, W, Y e o apóstrofo (‘);

Fonologia

Vogais

A língua Timbisha tem um inventário tipicamente Númico de vogais. São as cinco vogais tradicionais mais o ditongo ai, que varia livremente para e, embora certos morfemas apresentem somente aie outros só e. (A ortografia oficial está entre parênteses)

Anterior Posterior
não arredondada
Posterior
arredondada
Fechada i ɨ (ü) u
Não fechada a o
Ditongo ai (ai, e)

Consoantes

Bilabial Coronal Palatal Velar Glotal
plain Labial
Nasal m n ŋ (ng) ŋʷ (ngw)
Oclusiva p t k ʔ
Africada ts
Fricativa s h
Semivogal j (y) w

Gramática

Jon Dayley John McLaughlin, escreveram gramática da língua (McLaughlin 1987, 2006; Dayley 1989a). Dayley publicou um dicionário em 1989.

Ordem das palavras e casos

A ordem das palavras do Timbisha é normalmente S.O.V como em taipo kinni'a punittai, 'homem branco falcão viu'. Os casos Acusativo e Possessivo são marcados por sufixos. Relações adverbiais são marcadas por post-posições em substantivos e também por advérbios mesmo. Exemplo: kahni-pa'a, 'casa-na', "na casa". Adjetivos são em geral prefixos aos substantivos modificados, exceto quando a relação é somente temporária, quando são palavras separadas com sufixos especiais. Compare-se tosa-kapayu, 'cavalo-branco', "palomino ou outra raça mais pálida" com tosapihtü kapayu, 'cavalo-branco/páloido', "cavalo branco ou pálido" (o qual pode ser branco ou pálido mas tem irmãos de outras colorações).

Verbos

Os verbos são marcados por aspecto gramatical por meio de sufixos. A diátesis é marcada por prefixos e sufixos. Alguns verbos intransitivos mais comuns apresentam formas supletivas para sujeitos singulares ou plurais e verbos transitivos comuns se comportam do mesmo modo. Não há outros modos de concordância marcados nos verbos.

Notas

Bibliografia

  • Jon P. Dayley. 1989a. Tümpisa (Panamint) Shoshone Grammar. University of California Publications in Linguistics Volume 115. Berkeley: University of California Press.
  • Jon P. Dayley. 1989b. Tümpisa (Panamint) Shoshone Dictionary. University of California Publications in Linguistics Volume 116. Berkeley: University of California Press.
  • John E. McLaughlin. 1987. "Panamint Phonology and Morphology," University of Kansas PhD dissertation.
  • John E. McLaughlin. 2006. Timbisha (Panamint). LINCOM Languages of the World/Materials 453. Munich: LINCOM Europa.

Ligações externas

  • Panamint language overview at the "Survey of California and Other Indian"
  • Linguist List map of Panamint
  • How to count in Timbisha
  • OLAC resources in and about the Panamint language
  • Timbisha em Omniglot.com
  • Timbisha em Ethnologue
  • Timbisha – Linguistic Berkeley
  • Timbisha – Native Languages